segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Alto consumo de laticínios na infância aumenta expectativa de vida, diz estudo



Pesquisa achou crianças que haviam sido alvo de estudo nos anos 30

Crianças que consomem muitos produtos derivados do leite têm expectativa de vida maior, afirma um estudo.

Pesquisadores traçaram, 65 anos depois, o paradeiro de 4.374 crianças analisadas em por estudo nos anos 30 na Grã-Bretanha.

Eles descobriram que as crianças que tinham alto consumo de laticínios e cálcio na infância mostraram maior resistência a derrames e outras doenças letais.

O resultado obtido por pesquisadores na Grã-Bretanha e na Austrália foi publicado na revista científica Heart.

Apesar de laticínios conterem gordura e colesterol, o alto consumo dos produtos não aumentou os riscos de doenças cardíacas.

O levantamento analisou dietas familiares. As dietas ricas em cálcio e laticínios – sobretudo com alto consumo de leite – diminuiu pela metade a mortalidade.

O consumo de pelo menos 400 miligramas de cálcio – presente em menos de meio litro de leite – reduziu em 60% as chances de morte por derrame.

Os dados da pesquisa corroboram os níveis de consumo de laticínios sugeridos atualmente por especialistas.

Para consumir a quantidade de cálcio sugerida diariamente, uma pessoa deve tomar um copo de 200 mililitros de leite, uma porção de iogurte e um pequeno pedaço de queijo.

Os cientistas acreditam que outros fatores podem ter influenciado os resultados da pesquisa. Por exemplo, as crianças que tinham consumo diário mais alto de cálcio vinham de famílias mais ricas, e tinham melhores hábitos alimentares. No entanto, eles sustentam que há indícios de que o alto consumo de cálcio é bom para a pressão sanguínea.

ONG faz campanha pelo fim do presunto em merendas de crianças



O consumo de embutidos aumenta o risco de câncer, dizem estudos

Britânicos estão sendo orientados a não colocar presunto e outros embutidos na lancheira que seus filhos levam para a escola para evitar que eles desenvolvam câncer quando adultos.

A campanha da ONG World Cancer Research Fund pede que os pais ajam agora para impedir que suas crianças desenvolvam o gosto por carnes defumadas, salgadas ou curadas.

De acordo com a ONG, o consumo frequente e contínuo de embutidos ao longo de décadas pode aumentar o risco de câncer de intestino.

O órgão de controle de alimentos na Grã-Bretanha, a Food Standards Agency, diz que embutidos podem ser incluídos na lancheira, mas não "com muita frequência".

Câncer

A possível relação entre o consumo de carnes embutidas e câncer de intestino em adultos só foi estabelecida por pesquisas científicas recentemente.

Alguns especialistas acreditam que milhares de casos poderiam ser prevenidos se as pessoas limitassem sua ingestão de embutidos a 70g semanais.

Embora as estatísticas disponíveis tenham sido obtidas após estudos com dietas de adultos, o World Cancer Research Fund argumenta que maus hábitos alimentares podem começar na infância.

A entidade diz que curar, salgar e adicionar preservativos à carne pode introduzir substâncias cancerígenas ao alimento.

A ONG também propõe que o salame e o presunto nos lanches das crianças sejam substituídos por frango, peixe ou queijo.

"É melhor que a criança aprenda a considerar o embutido como uma guloseima a ser comida, quando muito, ocasionalmente", diz Marni Craze, gerente de educação infantil da entidade.

Variedade

Entretanto, Sian Porter, porta-voz da Associação Britânica de Nutrição, diz que o mais importante é a variedade na alimentação.

"O presunto pode ser usado algumas vezes, mas não todos os dias", diz.

"Se você adiciona algo saudável ao sanduíche de presunto, como tomate ou salada, isso também ajuda".

A Food Standards Agency aconselha que embutidos como presunto e salame podem fazer parte de uma dieta balanceada e estar presentes na lancheira uma vez ou outra.

"Mas eles podem conter altos índices de gordura, especialmente gordura saturada, e sal, então não recomendamos que sejam comidos com muita frequência. Os pais deveriam tentar incluir uma variedade de recheios no sanduíche e só usar embutidos ocasionalmente".

Pipoca pode ajudar a evitar câncer, dizem cientistas



Pipoca é rica em antioxidantes, dizem cientistas

A pipoca e outros cereais matinais contém “quantidades surpreendentes” de substâncias antioxidantes conhecidas como polifenóis – que têm potencial de diminuir o risco de câncer e doenças cardíacas – normalmente encontradas em frutas e legumes.

O estudo foi apresentado por cientistas da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, durante a 238ª Reunião da American Chemical Society (ACS), em Washington.

Os polifenóis são a principal razão pela qual frutas e legumes – e alimentos como chocolate, vinho, café e chá – se tornaram conhecidos por seu potencial para diminuir o risco de doenças.

Até agora, acreditava-se que esses cereais eram alimentos saudáveis e ajudavam a combater o câncer e doenças cardíacas por causa de seu alto teor de fibra, mas segundo os autores do estudo, ninguém havia comprovado a alta presença de polifenóis.

“Mas recentemente, os polifenóis emergiram como potencialmente mais importantes. Os cereais matinais, macarrão, biscoitos e salgadinhos feitos à base de grãos (como pipoca) constituem mais de 66% do consumo de grãos na dieta americana”, disse o químico Joe Vinson, autor do estudo.

Segundo os cientistas, a quantidade de antioxidantes encontradas em cereais integrais é comparável à encontrada nas frutas e legumes, por grama.

Os polifenóis são substâncias químicas encontradas em muitas frutas, legumes e outras plantas, como frutas vermelhas, nozes, azeitonas, folhas de chá e uvas. Conhecidos como antioxidantes, eles removem os radicais livres do corpo.

Os radicais livres são substâncias que têm potencial de danificar células e tecidos do corpo. Os cereais integrais com maior quantidade de antioxidantes são feitos com trigo, milho, aveia e arroz, nesta ordem, segundo Vinson.

Segundo o químico, farinhas integrais também tem alto teor de antioxidantes, salgadinhos de grãos integrais tem ligeiramente menor quantidade de antioxidantes do que cereais matinais e, dentre esses salgadinhos, a pipoca é a mais rica em antioxidantes.

Probióticos protegem enfermos da pneumonia, diz estudo



Respirar com ajuda de aparelhos aumenta o risco de pneumonia
Uma pesquisa sueca afirmou que probióticos podem proteger pacientes em estados clínicos graves da pneumonia.

Segundo o estudo do Hospital da Universidade de Lund, Suécia, as bactérias benéficas à saúde podem impedir que micróbios perigosos colonizem as vias respiratórias de pacientes gravemente doentes e que respiram com a ajuda de aparelhos.

A solução probiótica teve o mesmo bom desempenho que os antissépticos normais, usados para prevenir a contaminação por bactérias causadoras de pneumonia.

E, por serem mais naturais, os probióticos apresentaram menos efeitos colaterais.

As bactérias probióticas Lactobacillus plantarum 299 são normalmente encontradas na saliva e produtos fermentados.

Alergias

A pneumonia é um problema comum em pacientes que precisam da ajuda de aparelhos para respirar. Ela ocorre quando bactérias prejudiciais presentes na boca, garganta ou tubo respiratório são inaladas pelo pulmão.

Esfregar o antisséptico clorexidina na boca dos pacientes é a recomendação mais comum para reduzir o risco deste tipo de pneumonia em pacientes em estado grave e que precisam da ajuda de aparelhos para respirar.

É raro, mas alguns pacientes são alérgicos à clorexidina. Também existe um risco pequeno de a bactéria causadora de pneumonia desenvolver resistência à clorexidina.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dieta mediterrânea 'previne doenças crônicas'

Dieta mediterrânea
Dieta mediterrânea é rica em verduras, legumes, peixes e frutas
A chamada dieta mediterrânea – rica em legumes, verduras, frutas e peixes – ajuda a prevenir as doenças crônicas mais comuns, como Mal de Alzheimer, câncer, Mal de Parkinson e doenças cardiovasculares, segundo um estudo publicado no site da revista médica britânica BMJ (British Medical Journal).

Há anos, os hábitos alimentares das populações que vivem às margens do Mar Mediterrâneo têm a reputação de ser um modelo de alimentação saudável e de contribuir para uma saúde e uma qualidade de vida melhores.

Tradicionalmente, a dieta mediterrânea costuma ser rica em azeite de oliva, grãos, frutas, nozes, legumes e peixe, além de preconizar um consumo moderado de álcool e baixo de carnes vermelhas e laticínios.

Pesquisas anteriores já haviam indicado que a dieta mediterrânea pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares e câncer, mas ainda não havia sido realizada uma meta-análise, ou seja, uma avaliação de vários outros estudos já publicados.

Análise de estudos

Por isso, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Florença, na Itália, examinou 12 estudos de vários países que, juntos, reuniam mais de 1,5 milhão de participantes e acompanharam os hábitos alimentares e a saúde deles por períodos de três a 18 anos.

O objetivo foi estabelecer uma relação entre a adoção da dieta mediterrânea, a morte prematura e a ocorrência de doenças crônicas.

Incidência de câncer é menor entre vegetarianos, diz estudo

Legumes (arquivo)

Quase um terço dos participantes adotavam dieta vegetariana

Um estudo realizado na Grã-Bretanha sugere que uma dieta vegetariana pode ajudar a prevenir câncer.

Os pesquisadores analisaram dados de 52,7 mil pessoas com idades de 20 a 89 anos, e concluíram que as que não comiam carne tinham uma incidência significativamente menor de câncer do que as que incluiam carne em sua dieta.

O estudo revelou, contudo, que os vegetarianos - quase um terço dos participantes - tinham uma maior incidência de câncer colorretal, que abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto.

Este tipo de câncer geralmente está associado ao consumo de carne vermelha e a descoberta surpreendeu os pesquisadores.

O autor da pesquisa, Tim Key, da organização Cancer Research UK, disse que nenhum estudo anterior havia examinado a dieta vegetariana dessa forma e a questão gera muita confusão.

"É interessante. Ele (o estudo) sugere que pode haver alguma redução do risco de câncer em vegetarianos e pessoas que comem peixe e precisamos examinar isto com cuidado", afirmou.

"Ele (o estudo) não sustenta a ideia de que vegetarianos têm uma incidência mais baixa de câncer colorretal e eu acho que (...) nós precisamos analisar com mais cuidado como a carne se encaixa nisto."

O estudo foi publicado no American Journal of Clinical Nutrition.

Boa parte dos casos de câncer no Brasil poderia ser evitada, diz estudo

Comer alimentos não industrializados pode reduzir a chance de câncer

Cerca de 30% dos casos de 11 tipos de cânceres pesquisados poderiam ser facilmente evitados no Brasil, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira, com a adoção de uma dieta saudável, a prática de mais exercícios físicos e um controle de peso adequado.

O relatório Policy and Action for Câncer Prevention (Política e Ação para a Prevenção do Câncer), uma parceria do Fundo Mundial de Pesquisas sobre Câncer (WCRF, na sigla em inglês) e do Instituto Americano para a Pesquisa do Câncer (AICR, na sigla em inglês), calculou a porcentagem dos casos de vários tipos da doença que poderiam ser evitados também nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e na China.

Os pesquisadores calculam que um quarto dos casos de câncer em países de baixo poder aquisitivo como a China poderiam ser evitados com esses hábitos saudáveis. Em países desenvolvidos, a proporção sobe para um terço.

O Brasil, como país de poder aquisitivo considerado médio, se encontra no meio do caminho entre estas duas proporções, segundo o relatório.

Brasil

Ao todo, 11 tipos de câncer foram estudados no Brasil e na China: o de boca, laringe e faringe (considerado uma única categoria); esôfago, pulmão, estômago, pâncreas, vesícula biliar, cólon, fígado, mama, endométrio (mucosa uterina) e rim. Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, o câncer de próstata também foi pesquisado.

Os cientistas concluíram que cerca de 63% dos casos de câncer de boca, laringe e faringe no Brasil poderiam ser prevenidos, igual à proporção americana, um pouco menor do que a britânica (67%) e maior do que a chinesa (44%)

Em termos absolutos, o maior impacto seria na prevenção do câncer de mama, que é o segundo caso mais frequente da doença entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele.

O Instituto Nacional do Câncer calcula que 49 mil casos de câncer de mama devem ser registrados no país em 2009. Consequentemente, segundo os cálculos da pesquisa, quase 14 mil casos poderiam ser prevenidos.

Recomendações

"Esperamos um crescimento substancial dos índices de câncer com o envelhecimento das populações, o aumento da obesidade, com as pessoas menos ativas e consumindo cada vez mais comidas pouco saudáveis", afirmou Martin Wiseman, diretor da pesquisa.

"A boa notícia é que isso não é inevitável e ainda podemos evitar uma crise, antes que seja tarde demais."

Entre as recomendações dos pesquisadores estão:

  • as escolas devem encorajar a alimentação saudável e as atividades físicas;
  • instituições de ensino não devem vender alimentos pouco saudáveis aos alunos;
  • os governos devem encorajar a população a caminhar e andar de bicicleta;
  • os governos devem tornar leis as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • a indústria alimentícia deve fazer da saúde pública a prioridade durante todos os estágios da produção.

Bebidas quentes podem aumentar risco de câncer, diz estudo

Chá (arquivo)

O risco da doença está ligado ao consumo regular de bebidas excessivamente quentes

Uma pesquisa da Universidade de Teerã sugere que o consumo de bebidas excessivamente quentes, a 70 graus centígrados ou mais, pode aumentar o risco de câncer no esôfago.

Especialistas afirmam que a descoberta pode explicar o aumento no risco de câncer no esôfago entre populações de países fora do Ocidente.

O câncer no esôfago, o tubo muscular que leva os alimentos da garganta para o estômago, mata mais de 500 mil pessoas no mundo todo por ano e o carcinoma das células escamosas do esôfago (OSCC, na sigla em inglês) é o tipo mais comum.

Cigarros e bebidas alcoólicas são os principais fatores ligados ao desenvolvimento de câncer no esôfago na Europa e países da América.

Mas ainda não se sabia a razão de outras populações no resto do mundo apresentarem altas taxas da doença, apesar de já existir uma teoria que liga o consumo regular de bebidas muito quentes a danos no revestimento interno do esôfago.

A pesquisa foi publicada na revista especializada British Medical Journal.

Consumo de c

'Brócolis pode reverter danos ao coração'

brócolis
Vegetal pode reduzir mal causado por excesso de açúcar em diabéticos
Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos sugere que o brócolis pode reverter danos causados pela diabetes aos vasos sangüíneos do coração.

A equipe, da Universidade de Warwick, acredita que um composto fabricado pelo vegetal, o sulforafano, seria responsável pela produção de enzimas que protegem os vasos, e de moléculas que reduzem danos causados às células pelo excesso de açúcar.

Segundo os especialistas, os diabéticos têm até cinco vezes mais chances de desenvolver doenças vasculares, como ataques cardíacos e infartos, ambos ligados ao mau funcionamento dos vasos sangüíneos.

O estudo, divulgado na publicação científica Diabetes, testou os efeitos do sulforafano em células dos vasos sangüíneos danificadas por altos níveis de glicose (hiperglicemia), associados à diabetes.

Eles verificaram que o composto encontrado no brócolis reduziu em até 73% o nível de moléculas chamadas Espécies Reativas do Oxigênio (ROS, na sigla em inglês), produzidas em excesso quando o organismo concentra altos níveis de açúcar.

Segundos os especialistas, essas moléculas danificam as células humanas.

Eles também descobriram que o sulforafano ativou uma proteína chamada nrf2, que protege células e tecidos ao produzir enzimas antioxidantes e desintoxicantes.

O coordenador da pesquisa, Paul Thornalley, disse que o estudo sugere que substâncias como o sulforafano podem ajudar a conter o aparecimento de doenças vasculares em pacientes com diabetes.

“No futuro, será importante testar se uma alimentação rica em brócolis e outros vegetais brassica (como couve-flor e repolho) pode se traduzir em benefícios para os que sofrem da doença. Esperamos que sim”, disse o pesquisado

Fibra de frutas e vegetais pode combater câncer, diz estudo

 frutas e verduras
A pectina é uma fibra encontrada na maioria das frutas e verduras
Uma fibra encontrada na maioria das frutas e vegetais pode ajudar a evitar o câncer, segundo uma pesquisa britânica.

O estudo que ainda está sendo realizado pelo Institute of Food Research sugere que a pectina, uma fibra comum em vários alimentos, de batatas a ameixas, ajudaria a lutar contra a doença.

O coordenador da pesquisa, professor Vic Morris, usou microscópios de alta tecnologia para estudar a pectina e, segundo os resultados, um fragmento liberado pela fibra se liga a uma proteína associada a todos os estágios do câncer, chamada Gal3, inibindo-a.

"A maioria das alegações de que alimentos com efeitos contra o câncer são baseadas em estudos de populações. Para esta pesquisa, testamos um mecanismo molecular", disse o pesquisador.

Morris ainda está trabalhando na pesquisa, mas afirmou que existem provas suficientes de que muitos tipos de frutas e verduras têm propriedades contra o câncer.

A quantidade de pectina em frutas e verduras varia, mas as maçãs e laranjas teriam grandes quantidades, enquanto os morangos e as uvas teriam baixa concentração da fibra.

Espinafre

Para o professor Vic Morris, muito tem se falado sobre os superalimentos (espinafre e mirtilo - blueberry, em inglês), mas a pesquisa mostra que o melhor é comer uma variedade maior de alimentos.

"Ouvimos falar tanto dos 'superalimentos', mas para uma combinação de efeitos diferentes poderá ser melhor consumir uma grande variedade de frutas e vegetais", afirmou.

"Não estou falando (para as pessoas) não comerem os superalimentos, mas que consumam os outros também."

"É muito difícil saber qual o efeito dos superalimentos, pois as provas não estão disponíveis", disse uma porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição.

"Mas, certamente, não devemos nos concentrar nestes tipos (de alimentos) e ignorar outras frutas e verduras", afirmou.

Dieta vegan protege pessoas com artrite, diz estudo

Frutas e vegetais fazem parte da dieta chamada "vegan"
Uma pesquisa de um instituto sueco sugere que as pessoas que sofrem de artrite reumatóide podem reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames se seguirem uma dieta vegan – nome dado à dieta vegetariana radical, em que não há consumo de carne, leite e seus derivados - e sem glúten.

Ataques cardíacos e derrames estão entre as principais causas de morte de pacientes que sofrem de artrite reumatóide, pois a inflamação causada pela doença tem impacto nas artérias.

Mas, segundo pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, Suécia, o risco pode diminuir por meio de uma dieta sem produtos animais e sem o glúten, que pode ser encontrado no trigo, aveia, centeio e cevada.

O estudo, publicado na revista Arthritis Research and Therapy, afirma que aqueles que seguem esta dieta têm menos mau colesterol.

O mau colesterol é visto como o fator mais importante em problemas do coração, pois obstrui as artérias.

Dietas

Os pesquisadores do Instituto Karolinska colocaram 38 voluntários que sofriam de artrite reumatóide em uma dieta diária composta por 10% de proteína, 60% de carboidratos e 30% de gordura.

A dieta incluía nozes, sementes de girassol, frutas e vegetais e cereais. O leite de gergelim fornecia a fonte diária de cálcio.

Outros 28 voluntários seguiram uma dieta saudável com aproximadamente as mesmas proporções de proteínas, carboidratos e gordura.

Gorduras saturadas não compreendiam mais do que 10% do consumo diário de energia e produtos integrais foram usados o máximo possível.

Os voluntários na primeira dieta, a vegan, mostraram uma diminuição no nível total de colesterol e, especificamente, uma redução na quantidade de lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecido como o mau colesterol.

Os que estavam na dieta comum não mostraram variações significativas nos níveis de colesterol.

Segundo os pesquisadores, existe uma "grande quantidade de provas" que sugerem que estas mudanças foram benéficas para evitar o bloqueio das artérias e as doenças cardiovasculares.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Azeite de oliva extra-virgem tem ação de analgésico

Azeitonas
Descoberta pode explicar benefícios da dieta mediterrânea
Azeites de oliva de boa qualidade contêm um agente químico natural que age de maneira semelhante a um remédio para a dor, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature.

Segundo o estudo, feito pelo Monell Chemical Senses Centre, da Filadélfia, 50 gramas de azeite de oliva extra-virgem são equivalentes a um décimo de uma dose do analgésico ibubrofen.

De acordo com os pesquisadores, um ingrediente do azeite age como antiinflamatório.

Apesar de o efeito não ser forte o suficiente para curar dores de cabeça, ele pode explicar os benefícios da dieta mediterrânea, segundo o estudo.

O ingrediente ativo – encontrado em maiores concentrações em azeitonas mais frescas – é chamado oleocanthal e inibe a atividade de enzimas envolvidas em inflamações da mesma maneira que outros antiinflamatórios.

Comer tomate todo dia ajuda a proteger a pele, diz estudo

tomates
Antioxidante encontrado na fruta pode retardar envelhecimento
Uma pesquisa conduzida por especialistas britânicos sugere que duas refeições diárias à base de tomate podem ajudar na prevenção contra os efeitos maléficos do sol.

Os cientistas da Universidade de Manchester e Newcastle fizeram uma experiência com dez voluntários que, durante três meses, consumiram diariamente 55 gramas de massa de tomate misturadas a 10 gramas de azeite.

Outros dez participantes tomaram apenas as 10 gramas de azeite.

Ao fim dos três meses, os especialistas britânicos fizeram exames de pele nos participantes e perceberam que os que haviam comido a massa de tomate tiveram a proteção contra os raios solares ultra-violeta aumentada em 33%, além de maiores níveis de procolágeno.

O procolágeno é uma molécula que dá estrutura à pele e a mantém firme, ajudando na prevenção contra rugas.

“A dieta à base de tomate aumentou o nível de procolágeno na pele significantemente, podendo retardar o envelhecimento da pele”, disse a professora Lesley Rhodes, dermatologista na Universidade de Manchester.

“E nem é preciso comer muito da fruta. A quantidade administrada aos voluntários é equivalente à encontrada em algumas refeições à base de tomate”, disse a pesquisadora.

O estudo, apresentado na Sociedade Britânica de Dermatologia Investigativa, acredita que o antioxidante licopeno – que dá a cor avermelhada ao tomate - esteja por trás das propriedades benéficas da fruta.

Este componente, encontrado em grande concentração quando o tomate é cozido, também é conhecido por seus benefícios contra o câncer de próstata.

Os especialistas advertiram que a proteção oferecida pelo tomate contra os raios ultra-violeta deve ser encarada como uma “ferramenta a mais” contra os efeitos do sol e não como um substituto do protetor solar.

Excesso de café pode causar alucinações, sugere estudo

Café (arquivo)
Consumo elevado de café leva a aumento da produção de cortisol
Uma pesquisa feita por psicólogos da Universidade de Durham, na Grã-Bretanha, sugeriu que beber grandes quantidades de café pode fazer com que uma pessoa tenha uma tendência maior de sofrer alucinações.

Pessoas que consomem mais de sete xícaras de café instantâneo por dia têm três vezes maior probabilidade de ouvir vozes, ver coisas que não existem ou até acreditar que estão sentindo a presença de pessoas que já morreram, do que as que bebem menos do equivalente a uma xícara, de acordo com os pesquisadores.

Segundo o líder do estudo, Simon Jones, "alucinações não são necessariamente um sinal de doença mental (...) A maioria das pessoas tem experiências breves de ouvir vozes quando não há ninguém presente e cerca de 3% ouvem tais vozes regularmente". Mas o trabalho científico sugeriu que o risco de isso acontecer aumenta com o alto consumo de café e outras fontes de cafeína.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Chocolate amargo reduz pressão em 15 dias, diz estudo

Chocolate
Os flavonóides atuariam na redução da pressão sangüínea
Comer alguns gramas de chocolate meio-amargo enriquecido por dia durante duas semanas pode ajudar a reduzir os riscos de doenças cardíacas, sugere um estudo publicado na edição de setembro da revista científica Journal of Nutrition.

Segundo a pesquisa, compostos conhecidos como flavonóides, presentes no cacau, principal ingrediente do chocolate, seriam os responsáveis pela ação benéfica do alimento.

Isso porque os flavonóides impulsionam o aumento da produção de óxido nítrico - uma substância química produzida pelo corpo que atua no relaxamento e dilatação das artérias.

O consumo de chocolate enriquecido com os compostos ajudaria na redução da pressão sangüínea e da resistência à insulina – fatores que contribuem para diminuir o risco de doenças cardíacas.

"Nossa descoberta sugere que uma dieta com alimentos à base de cacau ricos em flavonóides e pouco calóricos podem ter um impacto positivo nos fatores de risco das doenças cardíacas", diz o estudo.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Incidência de câncer é menor entre vegetarianos, diz estudo

Legumes (arquivo)

Quase um terço dos participantes adotavam dieta vegetariana

Um estudo realizado na Grã-Bretanha sugere que uma dieta vegetariana pode ajudar a prevenir câncer.

Os pesquisadores analisaram dados de 52,7 mil pessoas com idades de 20 a 89 anos, e concluíram que as que não comiam carne tinham uma incidência significativamente menor de câncer do que as que incluiam carne em sua dieta.

O estudo revelou, contudo, que os vegetarianos - quase um terço dos participantes - tinham uma maior incidência de câncer colorretal, que abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto.

Este tipo de câncer geralmente está associado ao consumo de carne vermelha e a descoberta surpreendeu os pesquisadores.

O autor da pesquisa, Tim Key, da organização Cancer Research UK, disse que nenhum estudo anterior havia examinado a dieta vegetariana dessa forma e a questão gera muita confusão.

"É interessante. Ele (o estudo) sugere que pode haver alguma redução do risco de câncer em vegetarianos e pessoas que comem peixe e precisamos examinar isto com cuidado", afirmou.

"Ele (o estudo) não sustenta a ideia de que vegetarianos têm uma incidência mais baixa de câncer colorretal e eu acho que (...) nós precisamos analisar com mais cuidado como a carne se encaixa nisto."

O estudo foi publicado no American Journal of Clinical Nutrition.

Óleo de peixe reduz tumores cancerígenos, diz estudo

Peixes (arquivo)

Ácidos graxos podem ser encontrados em óleos provenientes de peixes

Cientistas da Universidade de Mansoura, no Egito, mostraram que o ácido docosahexanóico (DHA, na sigla em inglês), um ácido graxo Ômega 3 encontrado em óleos provenientes de peixes, pode reduzir o tamanho de tumores e aumentar os efeitos positivos do remédio cisplatina, usado na quimioterapia.

O estudo, liderado pelo professor A.M. El-Mowafy e descrito na revista especializada Cell Division, foi feito com base em experiências com ratos.

A equipe estudou os efeitos do DHA em tumores sólidos em ratos e também investigou como este ácido graxo interage com a cisplatina, medicamento usado na quimioterapia e que causa danos aos rins dos pacientes.

"O DHA já tinha sido associado à proteção contra doenças cardiovasculares e neurológicas, mas havia uma falta de informações particularmente em relação a interação (do DHA) com remédios de quimioterapia", escreveram os pesquisadores.

No seu estudo, os cientistas descobriram que "o DHA extraiu alguns efeitos importantes da quimioterapia e aumentou consideravelmente os da cisplatina. Além do mais, este estudo é o primeiro a revelar que o DHA pode cancelar os danos ao tecido renal, um efeito letal induzido pela cisplatina", afirmou o pesquisador.

Bebidas quentes podem aumentar risco de câncer, diz estudo

Chá (arquivo)

O risco da doença está ligado ao consumo regular de bebidas excessivamente quentes

Uma pesquisa da Universidade de Teerã sugere que o consumo de bebidas excessivamente quentes, a 70 graus centígrados ou mais, pode aumentar o risco de câncer no esôfago.

Especialistas afirmam que a descoberta pode explicar o aumento no risco de câncer no esôfago entre populações de países fora do Ocidente.

O câncer no esôfago, o tubo muscular que leva os alimentos da garganta para o estômago, mata mais de 500 mil pessoas no mundo todo por ano e o carcinoma das células escamosas do esôfago (OSCC, na sigla em inglês) é o tipo mais comum.

Cigarros e bebidas alcoólicas são os principais fatores ligados ao desenvolvimento de câncer no esôfago na Europa e países da América.

Mas ainda não se sabia a razão de outras populações no resto do mundo apresentarem altas taxas da doença, apesar de já existir uma teoria que liga o consumo regular de bebidas muito quentes a danos no revestimento interno do esôfago.

A pesquisa foi publicada na revista especializada British Medical Journal.

Mel pode ajudar a combater infecções hospitalares, diz estudo

Abelha em flor de Manuka

Mel Manuka é típico da Nova Zelândia

Um estudo realizado na Austrália mostrou que uma variedade de mel típica da Oceania pode ser um eficiente agente no tratamento de infecções de pele e no combate a infecções hospitalares.

Cientistas da Universidade de Sydney descobriram que o mel neo-zelandês conhecido como Manuka contém uma substância altamente tóxica para bactérias, chamada metilglioxal.

"A superbactéria conhecida como MRSA, que é resistente a vários tipos de antibiótico e pode provocar várias infecções graves em hospitais, é altamente sucetível ao mel", explicou à BBC Dee Carter, um dos autores do estudo.

Segundo o cientista, em tese, o metilglioxal também seria tóxico aos seres humanos. "Mas há outras substâncias no mel que evitam que ele seja tóxico para as células humanas, ao mesmo tempo em que promove a destruição das bactérias", disse.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Óleo de palma substitui gordura trans

Presente em muitos alimentos industrializados, composto aumenta colesterol ruim e prejudica saúde cardiovascular


Mesmo com menos gordura trans, alimentos industrializados ainda têm altos teores de gorduras saturadas -também danosas à saúde cardiovascular porque aumentam os níveis de LDL (colesterol ruim) no sangue. É o que aponta estudo feito na Unidade de Lípides do InCor e na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.

O responsável é o óleo de palma, que confere características semelhantes às da gordura trans em alimentos, como textura crocante e maior durabilidade. Ele tem sido usado no Brasil como substituto da trans, após a decisão do Ministério da Saúde de obrigar a indústria a reduzir a quantidade desse tipo de gordura nos produtos. E já é largamente utilizado em outras partes do mundo onde a gordura trans foi banida.

No trabalho, publicado na última edição da "Revista da Associação Médica Brasileira", foram avaliados margarinas, biscoitos doces recheados, biscoitos salgados, batatas fritas e hambúrgueres.

"Esperávamos uma quantidade razoável de gordura saturada no hambúrguer porque ele tem carne. Mas nos surpreendemos muito com os outros produtos, que continham pouca trans, mas muita gordura saturada, que vinha do óleo de palma", afirma Ana Carolina Gagliardi, nutricionista e doutoranda em cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP, responsável pelo estudo.

A batata frita e os biscoitos salgados e doces foram os que apresentaram a maior proporção de gorduras saturadas.

De acordo com Jane Show, engenheira de alimentos do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos) e presidente da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, as empresas têm diminuído os níveis de gordura trans de seus produtos. Em dezembro de 2008, o Ministério da Saúde e a indústria de alimentos definiram que a gordura trans deve ser reduzida até 2010.

"O consumidor não quer mais comprar produtos com trans. As indústrias passaram a usar o óleo de palma, que tem valores altos de gordura saturada. Não se proíbe o uso de gordura saturada, mas tem de estar declarada no rótulo", diz.

"Esquecidas"

Para Gagliardi, as gorduras saturadas ficaram "esquecidas" diante da preocupação com a do tipo trans. "O efeito deletério é similar. Alguns trabalhos dizem que não, mas os que falam bem do óleo de palma foram feitos em animais ou patrocinados por fabricantes. Pesquisas mais sérias apontam riscos parecidos", acrescenta.

Para outros especialistas, a gordura trans, além de aumentar o LDL sanguíneo, também reduz os níveis de HDL (colesterol bom) e, por isso, é mais perigosa do que as saturadas.

"Os produtos ficaram melhores, mas não é por isso que podemos comer à vontade. Deve-se ler o rótulo, saber que ainda são ricos em gorduras. Estão trocando um ingrediente que é duas vezes ruim por um que é uma vez só", diz a nutricionista Camila Gracia, do Setor de Nutrição Preventiva do HCor.

A Folha procurou a Abia (Associação Brasileira da Indústria Alimentícia) para comentar a pesquisa, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 30 de junho de 2009

'Sucos de frutas reduzem risco de Alzheimer'

Frutas
Suco de uva seria um dos que oferecem mais benefícios à saúde
Uma dieta rica em suco de frutas pode cortar o risco de Mal de Alzheimer e outras doenças, segundo uma pesquisa da Universidade de Glasgow, na Grã-Bretanha.

A equipe de pesquisadores realizou um dos primeiros estudos a respeito dos benefícios dos antioxidantes.

Antioxidantes são químicos naturais que reduzem o dano a células causado pelos radicais livres, tido como uma importante causa de doenças e envelhecimento.

A pesquisa revelou que os sucos de uva, maçã e amora contêm grandes quantidades de benefícios químicos.

Sucos

O estudo será publicado na revista Journal of Agriculture and Food Chemistry.

Pesquisadores do Grupo de Nutrição Humana na Universidade de Glasgow examinaram sucos diferentes e a quantidade de antioxidantes que cada suco continha, além dos diferentes compostos químicos.

Antioxidantes conhecidos como polifenóis conseguem eliminar os radicais livres no corpo.

Acredita-se que eles ajudam a manter e melhorar a saúde além de proteger contra doenças crônicas.

Os resultados das pesquisas mostraram que o suco de uvas roxas do tipo Concord, contém grande quantidade e variedade de polifenóis além de ter a maior capacidade antioxidante, igual à encontrada no vinho tinto Beaujolais.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dieta mediterrânea 'previne doenças crônicas'

Dieta mediterrânea
Dieta mediterrânea é rica em verduras, legumes, peixes e frutas
A chamada dieta mediterrânea – rica em legumes, verduras, frutas e peixes – ajuda a prevenir as doenças crônicas mais comuns, como Mal de Alzheimer, câncer, Mal de Parkinson e doenças cardiovasculares, segundo um estudo publicado no site da revista médica britânica BMJ (British Medical Journal).

Há anos, os hábitos alimentares das populações que vivem às margens do Mar Mediterrâneo têm a reputação de ser um modelo de alimentação saudável e de contribuir para uma saúde e uma qualidade de vida melhores.

Tradicionalmente, a dieta mediterrânea costuma ser rica em azeite de oliva, grãos, frutas, nozes, legumes e peixe, além de preconizar um consumo moderado de álcool e baixo de carnes vermelhas e laticínios.

Pesquisas anteriores já haviam indicado que a dieta mediterrânea pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares e câncer, mas ainda não havia sido realizada uma meta-análise, ou seja, uma avaliação de vários outros estudos já publicados.

Análise de estudos

Por isso, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Florença, na Itália, examinou 12 estudos de vários países que, juntos, reuniam mais de 1,5 milhão de participantes e acompanharam os hábitos alimentares e a saúde deles por períodos de três a 18 anos.

O objetivo foi estabelecer uma relação entre a adoção da dieta mediterrânea, a morte prematura e a ocorrência de doenças crônicas.

Os cientistas usaram uma pontuação para quantificar o rigor na adoção da dieta.

Os participantes com alta pontuação (mais adeptos da dieta mediterrânea) apresentavam condições de saúde melhores, uma taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares 9% mais baixa, uma incidência 13% mais baixa do Mal de Parkinson e de Alzheimer e 6% de redução nos casos de câncer.

Por isso, os pesquisadores afirmam que manter à risca a chamada dieta mediterrânea pode ser um instrumento eficiente na redução do risco de morte prematura e doenças crônicas na população em geral.

Dieta ocidental é a que mais traz riscos de infarto, diz estudo

Verduras e frutas
Especialistas aconselham aumentar o consumo de frutas e verduras
Um estudo canadense sobre hábitos alimentares identificou a dieta ocidental como sendo a que mais traz riscos de problemas cardíacos.

Conduzido por pesquisadores da Universidade McMaster e publicado na edição desta terça-feira da revista científica Circulation, o estudo analisou a dieta de 16 mil pessoas em 52 países e identificou três padrões alimentares globais.

A típica dieta ocidental, rica em gordura, sal e carne, seria responsável por um aumento de 30% no risco de desenvolver doenças cardíacas em qualquer população.

A dieta oriental, rica em tofu, soja e molhos, não teve nenhum impacto no risco de desenvolver problemas do coração.

Já a chamada dieta "prudente", rica em frutas e verduras, reduziria o risco em até 33%.

Agricultor japonês desenvolve morango que pode custar até US$ 500

Morango bijinhime perto de morango comum

Além de mais saboroso, o bijinhime tem uma coloração mais forte

Em plena crise econômica, Mikio Okuda, um pequeno agricultor japonês de Gifu Hashima, na província de Gifu, desenvolveu uma variedade de morango que pode custar de US$ 100 a US$ 500 cada.

O fruto foi apelidado pelo departamento agrícola da província de "morango gigante" - ele tem cerca de 8 centímetros de altura por 6,5 de largura. Além do tamanho, tem uma cor vermelha mais intensa, é cerca de 50% mais doce e três vezes mais pesado do que os morangos comuns.

"Consegui colher um fruto de 91 gramas, mas espero conseguir alguns de até 100 gramas no próximo ano", disse Okuda à BBC Brasil. Em média, um morango grande encontrado no supermercado pesa cerca de 28 gramas.

Esta foi a primeira colheita da variedade, batizada pelo produtor de "bijinhime", ou algo como "bela princesa".

"Quem come esse morango se sente como uma princesa: linda e especial", brinca o japonês.

No entanto, os morangos gigantes ainda não estão à venda. "Vamos começar só no ano que vem e será somente pela internet", explica.

A colheita deste ano foi toda usada para fazer publicidade. A estratégia deu certo e a façanha do agricultor ganhou as páginas dos principais jornais japoneses e foi tema de vários programas de tevê no Japão.

O público alvo dele são celebridades, artistas ou simplesmente quem tem dinheiro. "Quem sabe alguém do Brasil não se interesse. Podemos despachar por avião", sugere o produtor.

O agricultor espera colher até 500 caixas da nova variedade. O pacote deverá vir com, no máximo, cinco unidades de 80 gramas cada.

"Se os morangos forem muito grandes, acima de 90 gramas, vamos colocar somente um na caixa", detalhou o japonês.

No Japão, frutas com preços equivalentes ao de uma jóia são comuns. Há lojas especializadas na venda destas preciosidades. Ali, um melão sai por cerca de US$ 300 e uma manga é vendida por US$ 160.

Brócolis pode proteger pulmão de fumantes, diz estudo

Brócolis
O brócolis ativaria os antioxidantes nas células dos pulmões
Um estudo conduzido nos Estados Unidos sugere que o brócolis pode ajudar a reduzir os danos causados nos pulmões de pacientes que sofrem de uma séria doença pulmonar geralmente associada ao fumo.

A equipe, da John Hopkins School of Medicine, em Maryland, acredita que um composto produzido pelo brócolis, o sulforafano, aumenta a atividade da proteína NRF2 – conhecida por ser um potente antioxidante e componente de defesa dos pulmões contra inflamações.

Essa ação protegeria as células dos danos causados pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), normalmente causada pelo fumo e que engloba um conjunto de problemas pulmonares, entre eles a bronquite crônica e o enfisema.

Segundo o estudo, essa proteína aciona vários mecanismos que removem toxinas e poluentes que podem danificar as células pulmonares.

"Aumentar a atividade do NRF2 pode levar à tratamentos úteis que previnem a evolução da DPOC", disse Shyam Biswal, que coordenou a pesquisa.

Corantes podem causar hiperatividade em crianças, diz estudo

Comidas com aditivos
Corantes e conservantes são usados em doces e refrigerantes
Uma pesquisa feita pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, concluiu que corantes e conservantes encontrados em alimentos infantis e refrigerantes podem ser relacionados a hiperatividade e distúrbios de concentração em crianças.

O estudo - encomendado pela Food Standards Agency, a Vigilância Sanitária da Grã-Bretanha, e publicado na revista científica Lancet - oferecia três tipos diferentes de bebidas a um grupo de 300 crianças de três, oito e nove anos de idade.

Uma das bebidas continha uma forte mistura de corantes e conservantes, outra tinha a quantidade média de aditivos que as crianças ingerem por dia, e a última era um placebo, sem nenhum aditivo.

Os níveis de hiperatividade foram medidos antes e depois de as crianças beberem um dos líquidos aleatoriamente.

Coquetel de aditivos

O grupo que ingeriu a mistura A, com alto nível de aditivos, teve "efeitos adversos significativos" em comparação com o que bebeu o placebo.

O pesquisador responsável pelo estudo, Jim Stevenson, defendeu que algumas misturas de corantes artificiais e benzoato de sódio, um conservante usado em sorvetes e doces, estavam ligadas a um aumento de hiperatividade.

"No entanto, os pais não devem achar que é possível prevenir problemas de hiperatividade completamente apenas retirando esses aditivos da comida", explicou ele.

"Sabemos que há muitos outros fatores nessa questão, mas pelo menos este (a ingestão de aditivos) é um que a criança pode evitar."

terça-feira, 2 de junho de 2009

Empresa lança pílula de tomate para combate ao colesterol

Tomates

O licopeno é pouco absorvido quando ingerido ao natural

Uma empresa de biotecnologia vinculada a Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, está lançando, nesta segunda-feira, um suplemento natural feito de tomates que pode ajudar a combater o colesterol.

O Ateronon contém um ingrediente ativo das dietas comuns na região do Mediterrâneo - o licopeno, um antioxidante que dá a cor avermelhada ao tomate e que auxilia no bloqueio do colesterol LDL, o chamado "mau colesterol".

Apesar dos potenciais benefícios, a substância é pouco absorvida quando ingerida ao natural. A pílula, portanto, traz uma versão mais refinada e de maior absorção.

Testes preliminares feitos com 150 pessoas indicam que o suplemento pode reduzir a oxidação de gorduras no sangue a quase zero em apenas oito semanas.

O neurocientista Peter Kirkpatrick, responsável pelos próximos testes da pílula que serão realizados no Hospital Addenbrooke, na Inglaterra, afirmou que o suplemento pode ser mais eficaz do que as estatinas usadas em tratamentos de colesterol.

Cautela

Mas o professor Peter Weissberg, da British Heart Foundation, diz que apesar dos testes iniciais, ainda levará tempo para avaliar os efeitos reais do Ateronon.

"Enquanto isso, nosso conselho para pacientes que sofrem de doenças cardíacas é confiar nos medicamentos receitados pelos médicos e tentar ingerir muitas frutas e verduras frescas", disse Weissberg.

sábado, 9 de maio de 2009

Comer tomate todo dia ajuda a proteger a pele, diz estudo

tomates
Antioxidante encontrado na fruta pode retardar envelhecimento
Uma pesquisa conduzida por especialistas britânicos sugere que duas refeições diárias à base de tomate podem ajudar na prevenção contra os efeitos maléficos do sol.

Os cientistas da Universidade de Manchester e Newcastle fizeram uma experiência com dez voluntários que, durante três meses, consumiram diariamente 55 gramas de massa de tomate misturadas a 10 gramas de azeite.

Outros dez participantes tomaram apenas as 10 gramas de azeite.

Ao fim dos três meses, os especialistas britânicos fizeram exames de pele nos participantes e perceberam que os que haviam comido a massa de tomate tiveram a proteção contra os raios solares ultra-violeta aumentada em 33%, além de maiores níveis de procolágeno.

Azeite de oliva extra-virgem tem ação de analgésico

Azeitonas
Descoberta pode explicar benefícios da dieta mediterrânea
Azeites de oliva de boa qualidade contêm um agente químico natural que age de maneira semelhante a um remédio para a dor, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature.

Segundo o estudo, feito pelo Monell Chemical Senses Centre, da Filadélfia, 50 gramas de azeite de oliva extra-virgem são equivalentes a um décimo de uma dose do analgésico ibubrofen.

De acordo com os pesquisadores, um ingrediente do azeite age como antiinflamatório.

Apesar de o efeito não ser forte o suficiente para curar dores de cabeça, ele pode explicar os benefícios da dieta mediterrânea, segundo o estudo.

O ingrediente ativo – encontrado em maiores concentrações em azeitonas mais frescas – é chamado oleocanthal e inibe a atividade de enzimas envolvidas em inflamações da mesma maneira que outros antiinflamatórios.

Pesquisa diz que alho realmente ajuda a evitar resfriado

Alho é usado no tratamento contra gripe
Alho é usado no tratamento contra gripe
Cientistas do Garlic Centre em East Sussex, ao sul de Londres, revelaram num estudo que pessoas que tomam uma pílula de alho por dia estão menos propensas a resfriados comuns.

Embora o alho seja usado, tradicionalmente, no tratamento contra a gripe, essa é a primeira evidência mais clara de suas propriedades medicinais.

De acordo com a pesquisa, realizada com 146 voluntários, uma pílula de alho, tomada diariamente, ajudaria a reduzir em mais de 50% o risco de se contrair um resfriado.

Ainda de acordo com o estudo britânico, a alicina, um dos compostos ativos do alho, também seria apropriada no tratamento de infeccções hospitalares.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Consumo de cafeína pode dobrar risco de aborto, diz estudo

mulher grávida
Estudo recomenda abstinência de café durante gravidez
Um estudo conduzido por cientistas americanos sugere que o consumo de cafeína durante a gravidez pode dobrar as chances de aborto.

A pesquisa, publicada na revista científica American Journal of Obstetrics, afirma que a ingestão de 200 mg de cafeína por dia – o equivalente a pouco mais de duas xícaras de café – já pode ser o suficiente para provocar o término da gravidez.

Os especialistas entrevistaram 1.063 mulheres, às quais pediram que dessem detalhes sobre o consumo de cafeína até a 20ª semana de gestação.

Eles descobriram que 102 mulheres já tinham abortado quando o questionário foi aplicado, enquanto que outras 70 perderam os bebês nos dias que se seguiram.

Entre as 264 mulheres que disseram não ter consumido cafeína, a porcentagem de aborto foi de 12,5% e entre as 164 que disseram ter ingerido 200 miligramas ou mais de cafeína por dia, 24,5% abortaram.

Estresse na gravidez tem efeitos nocivos sobre filhos, diz estudo

Mulher grávida
Filhos de mães estressadas podem sofrer de ansiedade e depressão
Situações de estresse durante a gravidez podem ter efeitos nocivos sobre os filhos, de acordo com um novo estudo de pesquisadores israelenses.

A pesquisa da Escola de Farmácia da Universidade Hebraica de Jerusalém indica que o estresse na gravidez pode retardar o desenvolvimento das crianças e provocar problemas de aprendizagem e de atenção, ansiedade, sintomas depressivos e até mesmo autismo.

Em testes de laboratório realizados com ratos, os pesquisadores compararam os comportamentos de filhotes de mães estressadas com os de mães que não foram submetidas a situações de estresse.

Também foram comparados os resultados de diferentes situações de estresse e diferentes períodos da gestação.

Memória

Segundo a coordenadora da pesquisa, Marta Weinstock-Rosin, quando as ratas grávidas eram submetidas a situações estressantes, como sons irritantes, seus filhotes tinham sua capacidade de memória e de aprendizado prejudicadas.

Dieta pode afetar saúde mental, segundo pesquisa

Mudanças alimentarem têm sido ligadas a várias doenças mentais
Mudanças de dieta nos últimos 50 anos podem estar relacionadas ao aumento de doenças mentais, de acordo com um estudo divulgado na Grã-Bretanha nesta segunda-feira.

Segundo o grupo ativista Sustain e a Fundação de Saúde Mental, que realizaram a pesquisa, a forma com que os alimentos passaram a ser produzidos, alterou o equilíbrio dos nutrientes mais importantes necessários na dieta alimentar.

Os britânicos também estão comendo menos alimentos frescos e mais açúcar e gorduras saturadas.

Os dois grupos responsáveis pela pesquisa afirmam que a mudança na dieta tem ligação com depressão e com problemas de memória, mas nutricionistas acreditam que o estudo não é conclusivo.

Depressão

Andrew McCulloch, diretor-executivo da Fundação de Saúde Mental afirma que as pessoas estão conscientes dos efeitos da dieta na nossa saúde física, mas mal começaram a entender como o cérebro como um órgão é influenciado pelos nutrientes.

DIETA E ALIMENTAÇÃO
Depressão - Ligada ao baixo consumo de peixe - rico em ômega 3, essencial para o bom funcionamento do cérebro.
Esquizofrenia - Evidências epidemiológicas demonstram que esquizofrênicos apresentam baixos níveis de ácidos poli-insaturados, mas não está claro que mudanças na dieta seriam necessárias.
Mal de Alzheimer - Alguns estudos sugerem que um grande consumo de legumes e verduras pode proteger contra doenças cerebrais.
Síndrome do Déficit de Atenção - Pesquisa mostra que crianças com a desordem apresentam baixos níveis de ferro e de ácidos graxos.

Ele afirma que o tratamento de doenças mentais a partir de mudanças na alimentação está mostrando melhores resultados em alguns casos do que drogas ou terapia.

Intitulado "Mudança de Dieta, Mudança nas Mentes" ("Changind Diets, Changing Minds"), o estudo parte do princípio de que o delicado equilíbrio de minerais, vitaminas e gorduras essenciais foi alterado nas últimas cinco décadas.

Pesquisadores afirmam que a proliferação de fazendas de produção em larga escala e a introdução de pesticidas mudou também a composição da gordura dos animais.

Como exemplo, o relatório afirma que as galinhas hoje alcançam o peso de abate na metade do tempo em que engordavam há 30 anos e a gordura aumentou de 2% para 22%.

A alteração da dieta também teria sido responsável pelo desequilíbrio de ômega 3 e ômega 6 - ácidos graxos essenciais - nas galinhas. Os ácidos graxos são considerados fundamentais para que o cérebro funcione bem.

Ômega 3 'detém câncer de próstata', diz estudo

Salmão
O salmão está entre os peixes cuja carne é rica em gordura ômega 3
Uma dieta rica em peixes gordurosos – como salmão, atum, cavala e anchova, entre outros – pode reduzir as chances de se desenvolver as formas mais agressivas de câncer de próstata, de acordo com uma pesquisa do Instituto Paterson, na Grã-Bretanha.

O estudo, publicado pela revista especializada British Journal of Medicine, indica que as células cancerosas não conseguem migrar para tecidos saudáveis quando o paciente tem uma alimentação rica em gorduras do tipo ômega 3, encontradas nos peixes gordurosos.

Os cientistas, baseados no Hospital Christie, de Manchester, testaram os efeitos de dietas ricas em dois tipos de gordura, a ômega 3 e a ômega 6, encontrada em nozes, sementes e óleos vegetais.

No entanto, o efeito da gordura Ômega 6, que também traz importantes benefícios para a saúde, em pacientes de câncer de próstata é o inverso: o estudo indica que a transmissão das células doentes para a medula óssea foi aumentada.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dieta vegan protege pessoas com artrite, diz estudo

Frutas e vegetais fazem parte da dieta chamada "vegan"
Uma pesquisa de um instituto sueco sugere que as pessoas que sofrem de artrite reumatóide podem reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames se seguirem uma dieta vegan – nome dado à dieta vegetariana radical, em que não há consumo de carne, leite e seus derivados - e sem glúten.

Ataques cardíacos e derrames estão entre as principais causas de morte de pacientes que sofrem de artrite reumatóide, pois a inflamação causada pela doença tem impacto nas artérias.

Mas, segundo pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, Suécia, o risco pode diminuir por meio de uma dieta sem produtos animais e sem o glúten, que pode ser encontrado no trigo, aveia, centeio e cevada.

O estudo, publicado na revista Arthritis Research and Therapy, afirma que aqueles que seguem esta dieta têm menos mau colesterol.

O mau colesterol é visto como o fator mais importante em problemas do coração, pois obstrui as artérias.

Dietas

Os pesquisadores do Instituto Karolinska colocaram 38 voluntários que sofriam de artrite reumatóide em uma dieta diária composta por 10% de proteína, 60% de carboidratos e 30% de gordura.

A dieta incluía nozes, sementes de girassol, frutas e vegetais e cereais. O leite de gergelim fornecia a fonte diária de cálcio.

Outros 28 voluntários seguiram uma dieta saudável com aproximadamente as mesmas proporções de proteínas, carboidratos e gordura.

Gorduras saturadas não compreendiam mais do que 10% do consumo diário de energia e produtos integrais foram usados o máximo possível.

Os voluntários na primeira dieta, a vegan, mostraram uma diminuição no nível total de colesterol e, especificamente, uma redução na quantidade de lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecido como o mau colesterol.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Comer tomate todo dia ajuda a proteger a pele, diz estudo

tomates
Antioxidante encontrado na fruta pode retardar envelhecimento
Uma pesquisa conduzida por especialistas britânicos sugere que duas refeições diárias à base de tomate podem ajudar na prevenção contra os efeitos maléficos do sol.

Os cientistas da Universidade de Manchester e Newcastle fizeram uma experiência com dez voluntários que, durante três meses, consumiram diariamente 55 gramas de massa de tomate misturadas a 10 gramas de azeite.

Outros dez participantes tomaram apenas as 10 gramas de azeite.

Ao fim dos três meses, os especialistas britânicos fizeram exames de pele nos participantes e perceberam que os que haviam comido a massa de tomate tiveram a proteção contra os raios solares ultra-violeta aumentada em 33%, além de maiores níveis de procolágeno.

O procolágeno é uma molécula que dá estrutura à pele e a mantém firme, ajudando na prevenção contra rugas.

“A dieta à base de tomate aumentou o nível de procolágeno na pele significantemente, podendo retardar o envelhecimento da pele”, disse a professora Lesley Rhodes, dermatologista na Universidade de Manchester.

“E nem é preciso comer muito da fruta. A quantidade administrada aos voluntários é equivalente à encontrada em algumas refeições à base de tomate”, disse a pesquisadora

Azeite de oliva extra-virgem tem ação de analgésico

Azeitonas
Descoberta pode explicar benefícios da dieta mediterrânea
Azeites de oliva de boa qualidade contêm um agente químico natural que age de maneira semelhante a um remédio para a dor, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature.

Segundo o estudo, feito pelo Monell Chemical Senses Centre, da Filadélfia, 50 gramas de azeite de oliva extra-virgem são equivalentes a um décimo de uma dose do analgésico ibubrofen.

De acordo com os pesquisadores, um ingrediente do azeite age como antiinflamatório.

Apesar de o efeito não ser forte o suficiente para curar dores de cabeça, ele pode explicar os benefícios da dieta mediterrânea, segundo o estudo.

O ingrediente ativo – encontrado em maiores concentrações em azeitonas mais frescas – é chamado oleocanthal e inibe a atividade de enzimas envolvidas em inflamações da mesma maneira que outros antiinflamatórios.

terça-feira, 24 de março de 2009

Carne vermelha aumenta risco de câncer, diz estudo

Para cientistas, não se deve comer mais que três bifes por semana
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou que o consumo de grandes quantidades de carne vermelha ou de carne processada pode aumentar o risco de câncer.

Os cientistas do Instituto Nacional do Câncer americano dizem que um em cada dez casos de câncer de pulmão e de intestino poderia ser evitado se as pessoas diminuíssem a ingestão de carnes, presunto, salsichas e bacon.

Os estudiosos analisaram a dieta e o histórico médico de 494 mil pessoas com idades entre 50 e 71 anos. Aqueles que consumiam mais carne tiveram, ao longo de oito anos, 25% mais chances de serem diagnosticados com o câncer de intestino e 20% mais para o câncer de pulmão.

Em artigo publicado na revista científica PLoS Medicine, os pesquisadores dizem ainda que também foi estabelecida uma ligação entre o consumo de carne vermelha e o câncer de fígado e do esôfago.

segunda-feira, 9 de março de 2009

'Brócolis pode reverter danos ao coração'

brócolis
Vegetal pode reduzir mal causado por excesso de açúcar em diabéticos
Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos sugere que o brócolis pode reverter danos causados pela diabetes aos vasos sangüíneos do coração.

A equipe, da Universidade de Warwick, acredita que um composto fabricado pelo vegetal, o sulforafano, seria responsável pela produção de enzimas que protegem os vasos, e de moléculas que reduzem danos causados às células pelo excesso de açúcar.

Segundo os especialistas, os diabéticos têm até cinco vezes mais chances de desenvolver doenças vasculares, como ataques cardíacos e infartos, ambos ligados ao mau funcionamento dos vasos sangüíneos.

O estudo, divulgado na publicação científica Diabetes, testou os efeitos do sulforafano em células dos vasos sangüíneos danificadas por altos níveis de glicose (hiperglicemia), associados à diabetes.

Eles verificaram que o composto encontrado no brócolis reduziu em até 73% o nível de moléculas chamadas Espécies Reativas do Oxigênio (ROS, na sigla em inglês), produzidas em excesso quando o organismo concentra altos níveis de açúcar.

Segundos os especialistas, essas moléculas danificam as células humanas.

Eles também descobriram que o sulforafano ativou uma proteína chamada nrf2, que protege células e tecidos ao produzir enzimas antioxidantes e desintoxicantes.

Dieta vegan protege pessoas com artrite, diz estudo

Frutas e vegetais fazem parte da dieta chamada "vegan"
Uma pesquisa de um instituto sueco sugere que as pessoas que sofrem de artrite reumatóide podem reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames se seguirem uma dieta vegan – nome dado à dieta vegetariana radical, em que não há consumo de carne, leite e seus derivados - e sem glúten.

Ataques cardíacos e derrames estão entre as principais causas de morte de pacientes que sofrem de artrite reumatóide, pois a inflamação causada pela doença tem impacto nas artérias.

Mas, segundo pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, Suécia, o risco pode diminuir por meio de uma dieta sem produtos animais e sem o glúten, que pode ser encontrado no trigo, aveia, centeio e cevada.

O estudo, publicado na revista Arthritis Research and Therapy, afirma que aqueles que seguem esta dieta têm menos mau colesterol.

O mau colesterol é visto como o fator mais importante em problemas do coração, pois obstrui as artérias.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Cientistas criam ranking dos alimentos nutritivos

Frutas e legumes
Brócoli, vagem, laranja e banana estão entre os campeões da lista
O que o brócoli, a blueberry (vacínio), o quiabo, a laranja e a vagem têm que o picolé, o chocolate ao leite, o pão branco e o refrigerante não têm?

Cientistas americanos afirmam que os alimentos incluídos no primeiro grupo apresentam a pontuação máxima em uma lista que classifica o valor nutricional dos alimentos em escala de 1 a 100 - ou seja, estão entre os mais nutritivos e saudáveis que existem.

Os alimentos do segundo grupo, por outro lado, ocupam os últimos lugares na lista. Picolés e refrigerantes ganham apenas 1 ponto; o chocolate ao leite ganha 3 pontos e o pão branco, 9 pontos.

Liderada pelo especialista em nutrição David Katz, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, uma equipe com profissionais de diversas instituições criou o ranking de classificação NuVal System (Overall Nutritional Quality Index, ou Índice Geral de Qualidade Nutricional).

Os criadores do índice dizem esperar que o NuVal passe a ser usado por milhares de supermercados nos Estados Unidos como um ponto de referência para orientar o consumidor na compra dos alimentos necessários para uma dieta saudável.

Cientistas encontram ligação entre ômega 6 e mal de Alzheimer

Nozes (arquivo)
Ômega-6 está presente em nozes e ovos
Uma nova pesquisa sobre o mal de Alzheimer encontrou evidências de que um ácido graxo presente em ovos, nozes e óleos vegetais - ômega 6 - pode prejudicar a função cerebral da memória.

Ômega 6 vem sendo promovido como parte de uma dieta saudável porque reduz colesterol, mas pesquisadores do Instituto para Doenças Neurológicas Gladstone (Gind, em inglês), na Califórnia, acharam indícios de que a substância destruiu células do cérebro de ratos de laboratórios.

Em artigo na revista Nature Neuroscience, os cientistas dizem que ômega 6 interferiu na membrana que pretege o cérebro de toxinas. O resultado foi que as células responsáveis pela memória nos ratos foram destruídas.

A pequisa sugere que a redução da quantidade de ômega 6 pode, portanto, impedir o desenvolvimento do mal de Alzheimer.

A diretora executiva da ONG britânica Alzheimer's Research Trust, Rebecca Wood, disse que a nova pesquisa é encorajadora, mas que as pessoas não deveriam começar a excluir ácidos graxos de sua dieta.

Wood acredita que os resultados ainda devem ser encarados com cautela. "As pessoas não deveria fazer uma mudança drástica, além de melhorar sua dieta em geral, o que sempre é bom na tentativa de se prevenir o mal de Alzheimer."

domingo, 1 de março de 2009

Repolho pode prevenir câncer de pulmão, diz estudo

Repolho é rico em substâncias químicas que agem como protetores naturais
Repolho é rico em substâncias químicas que agem como protetores naturais
O consumo de repolho e outras verduras da mesma "família" pode reduzir o risco de câncer de pulmão em 70% das pessoas, indica um estudo da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em francês), publicado no jornal científico Lancet.

Essas verduras, chamadas crucíferas, já haviam sido associadas à redução dos índices da doença, mas a razão não havia sido descoberta até essa pesquisa.

Os cientistas envolvidos no estudo concluíram que comer verduras crucíferas pelo menos uma vez por semana reduz o risco de câncer em pessoas com versões inativas de dois genes presentes em 70% das pessoas.

Os dois genes, o GSTM1 e o GSTT1, geralmente protegem o corpo de determinadas toxinas.

Protetores naturais

Verduras como repolho, brócolis e brotos de feijão são ricos em substâncias químicas chamadas isotiocianatos, tidos como protetores naturais contra o câncer de pulmão.

Geralmente os isotiocianatos são eliminados do organismo por enzimas "limpadoras" produzidas pelos dois genes.

Os pesquisadores da Iarc, localizada em Lyon, na França, examinaram 2.168 pessoas com câncer no pulmão e outras 2.168 saudáveis, vindas de Polônia, Eslováquia, República Checa, Romênia, Rússia e Hungria, onde essas verduras fazem parte da dieta básica.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Chá de camomila previne complicações da diabetes, diz estudo

Chá de camomila
O chá de camomila vem sendo usado para tratar de resfriados
Beber chá de camomila diariamente pode ajudar a prevenir algumas das conseqüências da diabetes tipo-2, tais como cegueira, lesões nos nervos e nos rins, de acordo com pesquisadores no Japão e na Grã-Bretanha.

A descoberta pode levar ao desenvolvimento de um novo medicamento derivado de camomila para a doença, cuja incidência vem aumentando em todo o mundo.

No novo estudo, o pesquisador Atsushi Kato, da Universidade de Toyama, ressalta que camomila vem sendo usada há anos como uma cura informal para problemas diversos como estresse, resfriado e cólica menstrual.

Recentemente os cientistas propuseram que o chá da erva pode ser benéfico também no combate à diabetes, mas a teoria não tinha sido testada cientificamente até agora.

Os pesquisadores deram extrato de camomila a um grupo de ratos diabéticos durante 21 dias, e compararam o resultado a um grupo de animais de controle em uma dieta normal.

O nível de glicose no sangue de animais que ingeriram camomila foi significativamente menor do que o dos ratos no grupo de controle, disseram os cientistas.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Comer tomate todo dia ajuda a proteger a pele, diz estudo

tomates
Antioxidante encontrado na fruta pode retardar envelhecimento
Uma pesquisa conduzida por especialistas britânicos sugere que duas refeições diárias à base de tomate podem ajudar na prevenção contra os efeitos maléficos do sol.

Os cientistas da Universidade de Manchester e Newcastle fizeram uma experiência com dez voluntários que, durante três meses, consumiram diariamente 55 gramas de massa de tomate misturadas a 10 gramas de azeite.

Outros dez participantes tomaram apenas as 10 gramas de azeite.

Ao fim dos três meses, os especialistas britânicos fizeram exames de pele nos participantes e perceberam que os que haviam comido a massa de tomate tiveram a proteção contra os raios solares ultra-violeta aumentada em 33%, além de maiores níveis de procolágeno.

O procolágeno é uma molécula que dá estrutura à pele e a mantém firme, ajudando na prevenção contra rugas.

“A dieta à base de tomate aumentou o nível de procolágeno na pele significantemente, podendo retardar o envelhecimento da pele”, disse a professora Lesley Rhodes, dermatologista na Universidade de Manchester.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Britânicos querem testar chocolate em cardíacos agudos

Estudos anteriores já sugerem benefícios do chocolate
Cardiologistas do Instituto de Pesquisas William Harvey, em Londres, pediram autorização para testar o uso de chocolate amargo em 40 portadores de doenças coronárias agudas.

O pedido se segue à divulgação recente de vários estudos que sugerem que os chamados flavonóides, encontrados em alguns tipos de chocolate, podem combater males do coração, hipertensão e derrames.

Mas segundo o coordenador da pesquisa, Roger Corder, a maioria desses estudos se baseia na avaliação de voluntários com nenhum ou poucos sintomas moderados de doenças cardíacas.

"Estou intrigado para saber como os ingredientes do chocolate podem modificar as funções vasculares, e acho que temos de examinar agora os pacientes em um quadro relativamente grave", afirmou.

Gordura e açúcar

Segundo os estudos anteriores, os flavonóides podem reduzir o chamado mau colesterol, que provoca o enrijecimento das artérias, aumentando as chances de enfartes e derrames.

Mas alguns especialistas lembram que os possíveis benefícios do chocolate não compensam os malefícios provocados pelo alto conteúdo de gordura e açúcar presentes no alimento.

"O chocolate costuma ser mais parte do problema do que solução", disse Charmaine Griffiths, porta-voz da Fundação Britânica para o Coração.

Ela reconhece, porém, que existem algumas provas de que pequenas quantidades de chocolate amargo podem provocar efeitos benéficos de curta duração sobre a circulação sangüínea.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Estudo revela por que comer brócolis ajuda contra o câncer de próstata

Brócolis
Crianças aprendem a gostar do sabor de legumes ainda no útero
Um estudo realizado por cientistas na Grã-Bretanha revelou que comer brócolis provoca modificações na atividade de certos genes associados ao desenvolvimento do câncer de próstata.

Pesquisas anteriores já associavam uma dieta com a verdura a uma diminuição dos riscos de desenvolver a doença e de que ela se torne mais agressiva, mas os cientistas até agora não sabiam ao certo porque isso acontecia.

Segundo os pesquisadores do Instituto de Pesquisas sobre Alimentos de Norwich (sudeste da Grã-Bretanha), comer brócolis produz mudanças na produção, desencadeada por certos genes, de proteínas chamadas fatores de crescimento, como o TGF Beta 1 e o EGF.

Fatores de crescimento tipicamente estimulam a divisão ou o desenvolvimento celular e, com freqüência, desempenham um papel na evolução do câncer.

Crucíferos

Para o estudo, durante um ano, dois grupos de homens considerados sob risco de desenvolver câncer de próstata comeram ou 400 gramas de brócolis ou 400 gramas de ervilhas por semana, além de sua dieta normal.