quinta-feira, 25 de junho de 2009

Agricultor japonês desenvolve morango que pode custar até US$ 500

Morango bijinhime perto de morango comum

Além de mais saboroso, o bijinhime tem uma coloração mais forte

Em plena crise econômica, Mikio Okuda, um pequeno agricultor japonês de Gifu Hashima, na província de Gifu, desenvolveu uma variedade de morango que pode custar de US$ 100 a US$ 500 cada.

O fruto foi apelidado pelo departamento agrícola da província de "morango gigante" - ele tem cerca de 8 centímetros de altura por 6,5 de largura. Além do tamanho, tem uma cor vermelha mais intensa, é cerca de 50% mais doce e três vezes mais pesado do que os morangos comuns.

"Consegui colher um fruto de 91 gramas, mas espero conseguir alguns de até 100 gramas no próximo ano", disse Okuda à BBC Brasil. Em média, um morango grande encontrado no supermercado pesa cerca de 28 gramas.

Esta foi a primeira colheita da variedade, batizada pelo produtor de "bijinhime", ou algo como "bela princesa".

"Quem come esse morango se sente como uma princesa: linda e especial", brinca o japonês.

No entanto, os morangos gigantes ainda não estão à venda. "Vamos começar só no ano que vem e será somente pela internet", explica.

A colheita deste ano foi toda usada para fazer publicidade. A estratégia deu certo e a façanha do agricultor ganhou as páginas dos principais jornais japoneses e foi tema de vários programas de tevê no Japão.

O público alvo dele são celebridades, artistas ou simplesmente quem tem dinheiro. "Quem sabe alguém do Brasil não se interesse. Podemos despachar por avião", sugere o produtor.

O agricultor espera colher até 500 caixas da nova variedade. O pacote deverá vir com, no máximo, cinco unidades de 80 gramas cada.

"Se os morangos forem muito grandes, acima de 90 gramas, vamos colocar somente um na caixa", detalhou o japonês.

No Japão, frutas com preços equivalentes ao de uma jóia são comuns. Há lojas especializadas na venda destas preciosidades. Ali, um melão sai por cerca de US$ 300 e uma manga é vendida por US$ 160.

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