segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Alto consumo de laticínios na infância aumenta expectativa de vida, diz estudo



Pesquisa achou crianças que haviam sido alvo de estudo nos anos 30

Crianças que consomem muitos produtos derivados do leite têm expectativa de vida maior, afirma um estudo.

Pesquisadores traçaram, 65 anos depois, o paradeiro de 4.374 crianças analisadas em por estudo nos anos 30 na Grã-Bretanha.

Eles descobriram que as crianças que tinham alto consumo de laticínios e cálcio na infância mostraram maior resistência a derrames e outras doenças letais.

O resultado obtido por pesquisadores na Grã-Bretanha e na Austrália foi publicado na revista científica Heart.

Apesar de laticínios conterem gordura e colesterol, o alto consumo dos produtos não aumentou os riscos de doenças cardíacas.

O levantamento analisou dietas familiares. As dietas ricas em cálcio e laticínios – sobretudo com alto consumo de leite – diminuiu pela metade a mortalidade.

O consumo de pelo menos 400 miligramas de cálcio – presente em menos de meio litro de leite – reduziu em 60% as chances de morte por derrame.

Os dados da pesquisa corroboram os níveis de consumo de laticínios sugeridos atualmente por especialistas.

Para consumir a quantidade de cálcio sugerida diariamente, uma pessoa deve tomar um copo de 200 mililitros de leite, uma porção de iogurte e um pequeno pedaço de queijo.

Os cientistas acreditam que outros fatores podem ter influenciado os resultados da pesquisa. Por exemplo, as crianças que tinham consumo diário mais alto de cálcio vinham de famílias mais ricas, e tinham melhores hábitos alimentares. No entanto, eles sustentam que há indícios de que o alto consumo de cálcio é bom para a pressão sanguínea.

ONG faz campanha pelo fim do presunto em merendas de crianças



O consumo de embutidos aumenta o risco de câncer, dizem estudos

Britânicos estão sendo orientados a não colocar presunto e outros embutidos na lancheira que seus filhos levam para a escola para evitar que eles desenvolvam câncer quando adultos.

A campanha da ONG World Cancer Research Fund pede que os pais ajam agora para impedir que suas crianças desenvolvam o gosto por carnes defumadas, salgadas ou curadas.

De acordo com a ONG, o consumo frequente e contínuo de embutidos ao longo de décadas pode aumentar o risco de câncer de intestino.

O órgão de controle de alimentos na Grã-Bretanha, a Food Standards Agency, diz que embutidos podem ser incluídos na lancheira, mas não "com muita frequência".

Câncer

A possível relação entre o consumo de carnes embutidas e câncer de intestino em adultos só foi estabelecida por pesquisas científicas recentemente.

Alguns especialistas acreditam que milhares de casos poderiam ser prevenidos se as pessoas limitassem sua ingestão de embutidos a 70g semanais.

Embora as estatísticas disponíveis tenham sido obtidas após estudos com dietas de adultos, o World Cancer Research Fund argumenta que maus hábitos alimentares podem começar na infância.

A entidade diz que curar, salgar e adicionar preservativos à carne pode introduzir substâncias cancerígenas ao alimento.

A ONG também propõe que o salame e o presunto nos lanches das crianças sejam substituídos por frango, peixe ou queijo.

"É melhor que a criança aprenda a considerar o embutido como uma guloseima a ser comida, quando muito, ocasionalmente", diz Marni Craze, gerente de educação infantil da entidade.

Variedade

Entretanto, Sian Porter, porta-voz da Associação Britânica de Nutrição, diz que o mais importante é a variedade na alimentação.

"O presunto pode ser usado algumas vezes, mas não todos os dias", diz.

"Se você adiciona algo saudável ao sanduíche de presunto, como tomate ou salada, isso também ajuda".

A Food Standards Agency aconselha que embutidos como presunto e salame podem fazer parte de uma dieta balanceada e estar presentes na lancheira uma vez ou outra.

"Mas eles podem conter altos índices de gordura, especialmente gordura saturada, e sal, então não recomendamos que sejam comidos com muita frequência. Os pais deveriam tentar incluir uma variedade de recheios no sanduíche e só usar embutidos ocasionalmente".

Pipoca pode ajudar a evitar câncer, dizem cientistas



Pipoca é rica em antioxidantes, dizem cientistas

A pipoca e outros cereais matinais contém “quantidades surpreendentes” de substâncias antioxidantes conhecidas como polifenóis – que têm potencial de diminuir o risco de câncer e doenças cardíacas – normalmente encontradas em frutas e legumes.

O estudo foi apresentado por cientistas da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, durante a 238ª Reunião da American Chemical Society (ACS), em Washington.

Os polifenóis são a principal razão pela qual frutas e legumes – e alimentos como chocolate, vinho, café e chá – se tornaram conhecidos por seu potencial para diminuir o risco de doenças.

Até agora, acreditava-se que esses cereais eram alimentos saudáveis e ajudavam a combater o câncer e doenças cardíacas por causa de seu alto teor de fibra, mas segundo os autores do estudo, ninguém havia comprovado a alta presença de polifenóis.

“Mas recentemente, os polifenóis emergiram como potencialmente mais importantes. Os cereais matinais, macarrão, biscoitos e salgadinhos feitos à base de grãos (como pipoca) constituem mais de 66% do consumo de grãos na dieta americana”, disse o químico Joe Vinson, autor do estudo.

Segundo os cientistas, a quantidade de antioxidantes encontradas em cereais integrais é comparável à encontrada nas frutas e legumes, por grama.

Os polifenóis são substâncias químicas encontradas em muitas frutas, legumes e outras plantas, como frutas vermelhas, nozes, azeitonas, folhas de chá e uvas. Conhecidos como antioxidantes, eles removem os radicais livres do corpo.

Os radicais livres são substâncias que têm potencial de danificar células e tecidos do corpo. Os cereais integrais com maior quantidade de antioxidantes são feitos com trigo, milho, aveia e arroz, nesta ordem, segundo Vinson.

Segundo o químico, farinhas integrais também tem alto teor de antioxidantes, salgadinhos de grãos integrais tem ligeiramente menor quantidade de antioxidantes do que cereais matinais e, dentre esses salgadinhos, a pipoca é a mais rica em antioxidantes.

Probióticos protegem enfermos da pneumonia, diz estudo



Respirar com ajuda de aparelhos aumenta o risco de pneumonia
Uma pesquisa sueca afirmou que probióticos podem proteger pacientes em estados clínicos graves da pneumonia.

Segundo o estudo do Hospital da Universidade de Lund, Suécia, as bactérias benéficas à saúde podem impedir que micróbios perigosos colonizem as vias respiratórias de pacientes gravemente doentes e que respiram com a ajuda de aparelhos.

A solução probiótica teve o mesmo bom desempenho que os antissépticos normais, usados para prevenir a contaminação por bactérias causadoras de pneumonia.

E, por serem mais naturais, os probióticos apresentaram menos efeitos colaterais.

As bactérias probióticas Lactobacillus plantarum 299 são normalmente encontradas na saliva e produtos fermentados.

Alergias

A pneumonia é um problema comum em pacientes que precisam da ajuda de aparelhos para respirar. Ela ocorre quando bactérias prejudiciais presentes na boca, garganta ou tubo respiratório são inaladas pelo pulmão.

Esfregar o antisséptico clorexidina na boca dos pacientes é a recomendação mais comum para reduzir o risco deste tipo de pneumonia em pacientes em estado grave e que precisam da ajuda de aparelhos para respirar.

É raro, mas alguns pacientes são alérgicos à clorexidina. Também existe um risco pequeno de a bactéria causadora de pneumonia desenvolver resistência à clorexidina.