sábado, 13 de fevereiro de 2010

Dieta rica em antioxidantes pode melhorar fertilidade do homem, diz estudo

Antioxidantes aumentariam mobilidade de espermatozoides

Uma baixa ingestão de frutas, legumes e verduras pode levar à baixa capacidade reprodutiva do homem, segundo estudo realizado na Espanha.

Cientistas das Universidades de Múrcia e de Alicante concluíram que a presença dos chamados antioxidantes nestes alimentos melhoram a qualidade do sêmen, afetando positivamente os parâmetros de concentração de espermatozoides, e ainda sua morfologia e sua mobilidade.

Ao mesmo tempo, uma dieta à base de alimentos mais gordurosos pode produzir um efeito negativo na fertilidade masculina.

"Um estudo anterior nosso mostrou que homens que comem muita carne e laticínios gordurosos têm uma qualidade de sêmen inferior à dos que consomem mais frutas, legumes e laticínios desnatados", explicou Jaime Mendiola, da Universidade de Múrcia e principal autor da pesquisa, publicada na revista especializada Fertility and Sterility, da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva.

Suplementos

Para o atual estudo, os cientistas analisaram 61 voluntários - 30 deles com problemas reprodutivos e os demais como grupo de controle.

"Observamos que nos casais com problemas de fertilidade que chegavam à clínica, os homens com melhor qualidade seminal consumiam mais verduras e frutas - portanto mais vitaminas, ácido fólico e fibras, e menos proteínas e gorduras - do que os homens com baixa qualidade do sêmen", afirmou Mandiola.

O pesquisador admitiu, no entanto, que sua equipe ainda não chegou a uma conclusão sobre se seria suficiente para um homem com problemas de fertilidade ingerir suplementos vitamínicos, em vez de aumentar o consumo de legumes e frutas.

"Vamos realizar um estudo nos Estados Unidos, onde o consumo de suplementos é muito comum, para avaliarmos este aspecto", disse Mandiola.

Os antioxidantes são um dos grandes chamarizes das indústrias de cosméticos e suplementos alimentares, que alegam que essas substâncias têm a propriedade de combater os chamados radicais livres, moléculas de oxigênio altamente reativas que circulam pelo organismo e provocariam o envelhecimento celular.

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