quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Café e chá protegem contra problemas cardíacos, diz estudo

Xícara de café 
Estudo reforça indícios de que tomar café e chá em moderação não é prejudicial.
Tomar várias xícaras de café ou chá por dia pode proteger o consumidor de doenças cardíacas, segundo um estudo holandês realizado durante 13 anos.
As pessoas que tomavam mais de seis xícaras de chá por dia reduziram o risco de doenças do coração em um terço, segundo a pesquisa, que envolveu 40 mil pessoas.
O consumo de dois a quatro cafés por dia também estaria ligado a um risco menor.
Enquanto o efeito protetor cessava com mais de quatro xícaras de café por dia, até aqueles que bebiam esta quantidade não apresentavam riscos maiores de morrer por nenhuma causa, incluindo derrame e câncer, do que aqueles que não bebiam nada.
Os holandeses costumam tomar café com uma pequena quantidade de leite e chá sem leite. Houve descobertas conflitantes sobre a influência do leite nos polifenóis, considerados a substância mais benéfica encontrada no chá.
O café tem propriedades que poderiam em teoria aumentar e reduzir os riscos simultaneamente - potencialmente aumentar o colesterol ao mesmo tempo em que combate o prejuízo inflamatório associado à doença cardíaca.
Porém, o estudo publicado no Journal of the American Heart Association concluiu que os que tomavam entre dois e quatro xícaras por dia diminuíam os riscos da doença em 20%.
"É basicamente uma história de boas notícias para aqueles que gostam de chá e café. Estas bebidas parecem oferecer benefícios para o coração sem aumentar o risco de morte de alguma outra causa", afirmou Yvonne van der Schouw, que liderou a pesquisa.
Ellen Mason, da British Heart Foundation, disse que o estudo reforça os indícios de que tomar chá e café em moderação não é prejudicial à maioria das pessoas e pode até reduzir o risco de desenvolver, ou morrer, de doenças cardíacas.
"Porém, é bom lembrar que levar uma vida saudável é o que realmente importa quando se quer deixar o coração em boas condições. Fumar um cigarro com seu café cancelaria completamente qualquer benefício, e tomar muito chá em frente à televisão durante horas sem fim sem se exercitar provavelmente não protegeria muito seu coração", afirmou Mason.

Chocolate amargo reduz risco de ataques cardíacos, diz estudo

Chocolate amargo
Chocolate amargo tem mais cacau do que o chocolate ao leite
Uma pesquisa americana afirma que mulheres mais velhas que comem chocolate amargo uma ou duas vezes por semana podem reduzir o risco de doenças cardíacas.
De acordo com o estudo, mulheres que comem chocolate amargo até duas vezes por semana reduzem o risco de doenças cardíacas em até 33%. No entanto, as que comem todos os dias não se beneficiam.
A pesquisa foi publicada em uma revista científica da Sociedade Americana do Coração. Os cientistas analisaram dados de cerca de 32 mil mulheres entre 48 e 83 anos ao longo de nove anos.
O estudo indica que o consumo de até duas porções de 19 a 30 gramas de chocolate amargo por semana reduz em até 32% o risco de doenças do coração.
Quando o consumo aumentou para até três porções, o índice caiu para 26%. O índice de redução de risco era nulo nas mulheres que consumiam chocolate amargo todos os dias

Chocolate pode conter mais antioxidantes que suco de frutas, diz pesquisa

Chocolate (arquivo/PA)
A pesquisa investigou a capacidade antioxidante do chocolate
Uma nova pesquisa sugere que produtos com cacau, principal ingrediente do chocolate, podem ter mais antioxidantes do que sucos de frutas consideradas boas para a saúde justamente por serem ricas em antioxidantes.
Cientistas vêm atribuindo aos antioxidantes - como os flavanoides, substância da classe dos polifenóis - um grande número de benefícios à saúde, entre eles a prevenção de males cardíacos, de alterações no sistema nervoso e até mesmo do surgimento de rugas.
No estudo, pesquisadores do Centro para Saúde e Nutrição da Hershey, uma companhia americana fabricante de chocolates, analisaram e compararam a capacidade antioxidante, o conteúdo total de polifenóis e o conteúdo total de flavonoides de sucos e pós de frutas, cacau em pó natural, chocolate amargo (com maior porcentagem de cacau do que o chocolate ao leite) e um pó industrializado para fazer chocolate quente.
As frutas incluídas no estudo foram açaí, romã, oxicoco (cranberry) e mirtilo (blueberry), chamadas de “superfrutas” devido às suas capacidades antioxidantes.
Debra Miller, uma das líderes da pesquisa, afirmou que, com base no valor nutritivo verificado no estudo, "as sementes de cacau devem ser consideradas uma 'superfruta' e produtos derivados do extrato de semente de cacau, como pó de cacau e chocolate escuro, como 'superalimentos'".
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Chemistry Central Journal.

Alimentos orgânicos não são mais nutritivos que os convencionais, diz estudo

Os orgânicos têm ganhado espaço nos supermercados
Alimentos orgânicos não são mais nutritivos do que os convencionais, de acordo com um estudo realizado na Grã-Bretanha.
Pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine analisaram dados de 162 estudos abordando o assunto realizados nos últimos 50 anos.
A conclusão foi que as diferenças nutricionais entre os dois tipos de alimento não seriam relevantes, segundo o pesquisador-chefe, Alan Dangour.
O estudo, divulgado na publicação científica American Journal of Clinical Nutrition, conclui que estas variações, identificadas geralmente em níveis de nitrogênio e fósforo, não seriam suficientes para trazer benefícios perceptíveis à saúde.
Outros motivos
Os alimentos orgânicos não usam produtos químicos sintéticos ou geneticamente modificados em sua produção.
Gill Fine, porta-voz da associação britânica Food Standards Agency, que defende os interesses da população em relação a alimentos, afirma que o estudo não deve desestimular as pessoas a consumir produtos orgânicos.
A pesquisa, segundo ela, indica apenas que os produtos orgânicos não levam vantagem sobre os tradicionais no quesito nutricional.
Mas Fine afirma que existem outras razões para as pessoas escolherem alimentos orgânicos, como a preocupação dos fabricantes desses produtos com o bem-estar dos animais e o meio ambiente.
Uma porta-voz da Soil Association, a principal organização britânica de defesa de alimentos orgânicos, rejeitou as conclusões da pesquisa e disse que seriam necessários estudos mais abrangentes sobre o tem

Cerveja aumenta risco de doença de pele em mulheres, diz estudo

Cerveja
Relação não foi verificada com outras bebidas alcoólicas
Mulheres que bebem cerveja regularmente têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, segundo sugere um estudo de pesquisadores americanos.
O estudo descobriu que as mulheres que bebem cinco cervejas por semana têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação com as mulheres que não bebem.
A pesquisa, da Harvard Medical School, em Boston, analisou dados de mais de 82 mil enfermeiras entre 27 e 44 anos e seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre 1991 e 2005.
Os pesquisadores disseram observar um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam.
Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior.
Porém as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.
“A cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de psoríase, sugerindo que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são econtrados no vinho ou nos destilados, podem ter um papel importante no estabelecimento da psoríase”, afirma o autor da pesquisa, Abrar Qureshi.
Glúten
O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de prsoríase pode ser a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja.
Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de psoríase nos pacientes sensíveis ao glúten.
Segundo o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.
“As mulheres com alto risco de desenvolver psoríase devem considerar evitar tomar muita cerveja”, concluem os autores.
A psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por escamações com coceira que normalmente aparecem nos joelhos, nos cotovelos e no coro cabeludo, mas que podem também atingir outras áreas do corpo, incluindo a face.
A doença, cuja origem é genética, é normalmente desencadeada por alguma situação específica. Seus efeitos são comumente leves, mas em alguns casos extremos chegam a deixar os pacientes desfigurados.

Estresse pode diminuir chances de mulher engravidar, diz estudo

Mulher grávida
Para cientistas, casais que querem ter bebês devem ficar relaxados
Um estudo científico mostrou, pela primeira vez, que altos níveis de estresse podem diminuir as chances de uma mulher engravidar.
Especialistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, mediram a quantidade de hormônios associados ao estresse em mulheres que tentavam engravidar naturalmente e concluíram que as mais estressadas tinham mais dificuldade em ficar grávidas.
Técnicas de relaxamento talvez ajudem alguns casais, mas são necessárias mais pesquisas sobre o assunto, diz a equipe.
O estudo, publicado na revista científica Fertility and Sterility, monitorou 274 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 40 anos que tentavam ficar grávidas.
Especialistas já sabem que idade, hábito de fumar, obesidade e consumo de álcool interferem nas chances de gravidez, mas a influência do estresse é menos clara.
A equipe da Universidade de Oxford mediu dois hormônios vinculados ao estresse, a adrenalina e o cortisol, a partir de exames da saliva das participantes.
A adrenalina é liberada pelo organismo quando a pessoa está, ou julga estar, em situações ameaçadoras ou perigosas. O cortisol está associado ao estresse crônico.
As mulheres que tinham índices maiores de alfa-amilase na saliva (uma proteína que pode servir como indicador na medição de índices de adrenalina) apresentaram uma redução de 12% nas suas chances de engravidar nos dias férteis em comparação às que tinham os níveis menores do indicador.
Os pesquisadores não encontraram associações entre chances de engravidar e a presença do hormônio cortisol.
Ioga
Uma das integrantes da equipe responsável pelo estudo, a cientista Cecilia Pyper, da National Perinatal Epidemiology Unit da Universidade de Oxford, disse que o objetivo do trabalho é melhorar a compreensão dos fatores que influenciam a gravidez em mulheres saudáveis.
"Este é o primeiro estudo a revelar que um medidor biológico do estresse está associado às chances de uma mulher ficar grávida naquele mês", explicou Pyper.
"A descoberta reforça a ideia de que casais que estão tentando ter um bebê devem procurar ficar tão relaxados quanto possível".
"Em alguns casos, pode ser importante procurar técnicas de relaxamento, terapia e até ioga e meditação".
A pesquisa foi feita em colaboração com o Eunice Kennedy Shriver National Institute for Child Health and Human Development, nos Estados Unidos.
Ela é parte de um estudo maior, que tenta avaliar os efeitos do fumo, álcool e cafeína sobre as chances de gravidez.