terça-feira, 21 de abril de 2009

Consumo de cafeína pode dobrar risco de aborto, diz estudo

mulher grávida
Estudo recomenda abstinência de café durante gravidez
Um estudo conduzido por cientistas americanos sugere que o consumo de cafeína durante a gravidez pode dobrar as chances de aborto.

A pesquisa, publicada na revista científica American Journal of Obstetrics, afirma que a ingestão de 200 mg de cafeína por dia – o equivalente a pouco mais de duas xícaras de café – já pode ser o suficiente para provocar o término da gravidez.

Os especialistas entrevistaram 1.063 mulheres, às quais pediram que dessem detalhes sobre o consumo de cafeína até a 20ª semana de gestação.

Eles descobriram que 102 mulheres já tinham abortado quando o questionário foi aplicado, enquanto que outras 70 perderam os bebês nos dias que se seguiram.

Entre as 264 mulheres que disseram não ter consumido cafeína, a porcentagem de aborto foi de 12,5% e entre as 164 que disseram ter ingerido 200 miligramas ou mais de cafeína por dia, 24,5% abortaram.

Estresse na gravidez tem efeitos nocivos sobre filhos, diz estudo

Mulher grávida
Filhos de mães estressadas podem sofrer de ansiedade e depressão
Situações de estresse durante a gravidez podem ter efeitos nocivos sobre os filhos, de acordo com um novo estudo de pesquisadores israelenses.

A pesquisa da Escola de Farmácia da Universidade Hebraica de Jerusalém indica que o estresse na gravidez pode retardar o desenvolvimento das crianças e provocar problemas de aprendizagem e de atenção, ansiedade, sintomas depressivos e até mesmo autismo.

Em testes de laboratório realizados com ratos, os pesquisadores compararam os comportamentos de filhotes de mães estressadas com os de mães que não foram submetidas a situações de estresse.

Também foram comparados os resultados de diferentes situações de estresse e diferentes períodos da gestação.

Memória

Segundo a coordenadora da pesquisa, Marta Weinstock-Rosin, quando as ratas grávidas eram submetidas a situações estressantes, como sons irritantes, seus filhotes tinham sua capacidade de memória e de aprendizado prejudicadas.

Dieta pode afetar saúde mental, segundo pesquisa

Mudanças alimentarem têm sido ligadas a várias doenças mentais
Mudanças de dieta nos últimos 50 anos podem estar relacionadas ao aumento de doenças mentais, de acordo com um estudo divulgado na Grã-Bretanha nesta segunda-feira.

Segundo o grupo ativista Sustain e a Fundação de Saúde Mental, que realizaram a pesquisa, a forma com que os alimentos passaram a ser produzidos, alterou o equilíbrio dos nutrientes mais importantes necessários na dieta alimentar.

Os britânicos também estão comendo menos alimentos frescos e mais açúcar e gorduras saturadas.

Os dois grupos responsáveis pela pesquisa afirmam que a mudança na dieta tem ligação com depressão e com problemas de memória, mas nutricionistas acreditam que o estudo não é conclusivo.

Depressão

Andrew McCulloch, diretor-executivo da Fundação de Saúde Mental afirma que as pessoas estão conscientes dos efeitos da dieta na nossa saúde física, mas mal começaram a entender como o cérebro como um órgão é influenciado pelos nutrientes.

DIETA E ALIMENTAÇÃO
Depressão - Ligada ao baixo consumo de peixe - rico em ômega 3, essencial para o bom funcionamento do cérebro.
Esquizofrenia - Evidências epidemiológicas demonstram que esquizofrênicos apresentam baixos níveis de ácidos poli-insaturados, mas não está claro que mudanças na dieta seriam necessárias.
Mal de Alzheimer - Alguns estudos sugerem que um grande consumo de legumes e verduras pode proteger contra doenças cerebrais.
Síndrome do Déficit de Atenção - Pesquisa mostra que crianças com a desordem apresentam baixos níveis de ferro e de ácidos graxos.

Ele afirma que o tratamento de doenças mentais a partir de mudanças na alimentação está mostrando melhores resultados em alguns casos do que drogas ou terapia.

Intitulado "Mudança de Dieta, Mudança nas Mentes" ("Changind Diets, Changing Minds"), o estudo parte do princípio de que o delicado equilíbrio de minerais, vitaminas e gorduras essenciais foi alterado nas últimas cinco décadas.

Pesquisadores afirmam que a proliferação de fazendas de produção em larga escala e a introdução de pesticidas mudou também a composição da gordura dos animais.

Como exemplo, o relatório afirma que as galinhas hoje alcançam o peso de abate na metade do tempo em que engordavam há 30 anos e a gordura aumentou de 2% para 22%.

A alteração da dieta também teria sido responsável pelo desequilíbrio de ômega 3 e ômega 6 - ácidos graxos essenciais - nas galinhas. Os ácidos graxos são considerados fundamentais para que o cérebro funcione bem.

Ômega 3 'detém câncer de próstata', diz estudo

Salmão
O salmão está entre os peixes cuja carne é rica em gordura ômega 3
Uma dieta rica em peixes gordurosos – como salmão, atum, cavala e anchova, entre outros – pode reduzir as chances de se desenvolver as formas mais agressivas de câncer de próstata, de acordo com uma pesquisa do Instituto Paterson, na Grã-Bretanha.

O estudo, publicado pela revista especializada British Journal of Medicine, indica que as células cancerosas não conseguem migrar para tecidos saudáveis quando o paciente tem uma alimentação rica em gorduras do tipo ômega 3, encontradas nos peixes gordurosos.

Os cientistas, baseados no Hospital Christie, de Manchester, testaram os efeitos de dietas ricas em dois tipos de gordura, a ômega 3 e a ômega 6, encontrada em nozes, sementes e óleos vegetais.

No entanto, o efeito da gordura Ômega 6, que também traz importantes benefícios para a saúde, em pacientes de câncer de próstata é o inverso: o estudo indica que a transmissão das células doentes para a medula óssea foi aumentada.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dieta vegan protege pessoas com artrite, diz estudo

Frutas e vegetais fazem parte da dieta chamada "vegan"
Uma pesquisa de um instituto sueco sugere que as pessoas que sofrem de artrite reumatóide podem reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames se seguirem uma dieta vegan – nome dado à dieta vegetariana radical, em que não há consumo de carne, leite e seus derivados - e sem glúten.

Ataques cardíacos e derrames estão entre as principais causas de morte de pacientes que sofrem de artrite reumatóide, pois a inflamação causada pela doença tem impacto nas artérias.

Mas, segundo pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, Suécia, o risco pode diminuir por meio de uma dieta sem produtos animais e sem o glúten, que pode ser encontrado no trigo, aveia, centeio e cevada.

O estudo, publicado na revista Arthritis Research and Therapy, afirma que aqueles que seguem esta dieta têm menos mau colesterol.

O mau colesterol é visto como o fator mais importante em problemas do coração, pois obstrui as artérias.

Dietas

Os pesquisadores do Instituto Karolinska colocaram 38 voluntários que sofriam de artrite reumatóide em uma dieta diária composta por 10% de proteína, 60% de carboidratos e 30% de gordura.

A dieta incluía nozes, sementes de girassol, frutas e vegetais e cereais. O leite de gergelim fornecia a fonte diária de cálcio.

Outros 28 voluntários seguiram uma dieta saudável com aproximadamente as mesmas proporções de proteínas, carboidratos e gordura.

Gorduras saturadas não compreendiam mais do que 10% do consumo diário de energia e produtos integrais foram usados o máximo possível.

Os voluntários na primeira dieta, a vegan, mostraram uma diminuição no nível total de colesterol e, especificamente, uma redução na quantidade de lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecido como o mau colesterol.